O DIESEL É PASSADO: Agronegócio investe forte nos caminhões elétricos, mais sustentáveis, baratos e livres de poluição

Por Roberto Lopes Jornalista 07/05/2025 - 10h21min - 1 min de leitura
Amplamente responsável, nos últimos dez anos, pelo crescimento econômico do país, o Agronegócio decidiu apostar com força na inovação tecnológica, para eliminar de vez um dos principais gargalos do seu desenvolvimento: a rapidez do escoamento da produção, com segurança, menos gasto com a manutenção dos motores de caminhões, e um menor conjunto de críticas ao efeito colateral da poluição causada por combustíveis derivados do petróleo.
A resposta natural a essas questões parece ser a adoção de veículos pesados movidos a eletricidade. A montadora Scania já aderiu a essa causa, e a companhia de alimentos Seara acaba de divulgar as primeiras fotos de sua nova frota de dez caminhões frigoríficos, todos elétricos.
Tendência
“A adoção de caminhões elétricos no agronegócio é uma tendência que deve se acelerar nos próximos anos”, opinou a página do Canal Rural (da Planeta Campo) na internet, em janeiro passado. A novidade tem atraído, inclusive, fornecedores de viaturas pesadas da China e da Itália – todos cientes da atenção que o Agronegócio brasileiro requer. A chinesa JAC Motors concluiu que o custo operacional de um caminhão elétrico é de 30% a 50% menor do que o de um caminhão a diesel. Até o ano de 2030 serão consumidos, no Brasil, menos 16 bilhões de litros de diesel, o que corresponde a uma economia de 10% da demanda atual – e o astro desta revolução silenciosa é o caminhão elétrico.
Isso sem falar na redução da emissão dos gases poluentes e, ainda mais importante: na redução do custo de manutenção, já que o caminhão elétrico não possui filtros de ar, filtros de óleo, e um grande número de peças móveis.
Autonomia
Um dos principais desafios a serem superados pela indústria ainda é o da capacidade de armazenamento de energia pelas baterias desses veículos de transporte de mercadorias.
Um modelo novo, que retrata a vanguarda tecnológica existente na Itália, surpreendeu o mercado por sua relativamente baixa autonomia, de apenas 200 km – o que pode representar uma cobertura apreciável para as rotas italianas, mas parece um valor pífio para um país de dimensões continentais, como o Brasil.
O Agronegócio brasileiro precisa de caminhões que liguem o campo, ou os silos de armazenagem, até embarcadouros ferroviários ou terminais marítimos, a várias centenas de quilômetros de distância. Cargas de café, açúcar, soja e outros grãos não podem esperar em filas intermináveis diante de portos e outros acessos aos diferentes modais de transporte. A comercialização em bolsa dessas commodities exigem um embarque seguro e pontual, para que o esforço do agricultor não seja desperdiçado nos gargalos da logística.
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