Por Ailton Silva Chefe de Redação
Olá, estimado leitor! Na presente edição do JD, gostaria de relatar alguns acontecimentos que presenciei durante a sessão Ordinária da Câmara de Catanduva, ocorrida na gelada noite de terça-feira, dia 13. É surpreendente como os meandros políticos de Catanduva estão fervorosos! Contudo, estou aqui, pronto para compartilhar todos os detalhes com você.
A Prefeitura de Catanduva enfrenta denúncias de falta de materiais básicos de limpeza e manutenção nas escolas municipais. A empresa contratada para realizar esses serviços, WWS Services Prestadora de Serviços Ltda, recebeu quase um milhão de reais somente este ano.
No entanto, uma denúncia apresentada na Câmara revelou que a empresa não está cumprindo adequadamente suas obrigações. Itens básicos de limpeza, como papel higiênico, estão em falta em algumas escolas. Uma funcionária contratada como auxiliar de limpeza pela WWS Services Prestadora de Serviços Ltda, expôs a situação.
Na tribuna da Casa de Leis de Catanduva, Débora de Souza Fernandez, auxiliar de limpeza, expressou sua indignação: “Não estou aqui apenas por mim, mas também pelas crianças de nossa cidade, por cada escola, por cada local onde elas vão estudar, e pelas funcionárias que estão trabalhando duro para manter a limpeza. Saímos de casa cedo, felizes e animadas para trabalhar, mas nos deparamos com a falta de higienização, a falta de produtos de trabalho e até mesmo a falta de produtos básicos. Não temos uma vassoura adequada, um sabão adequado, um rodo adequado para limpar nossas escolas.”
Além da escassez de materiais de limpeza, Débora denunciou outros problemas. “Salários são pagos com atraso, e os funcionários contratados não podem utilizar o refeitório, mesmo trazendo sua própria comida”, conta Débora, que segundo ela, também enfrentou situações de racismo no local de trabalho. Ela descreveu como se sentia ao ter que comer em um lugar reservado, próximo aos produtos de limpeza, em um ambiente excluído e desumano.
Após ver o vereador Maurício Gouvea (PSDB) criticando a falta de papel higiênico na Escola Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental (Escola Pública Municipal) Arnaldo Zancaner, Débora decidiu denunciar a situação. “Professores fizeram uma vaquinha para evitar que cerca de 700 alunos ficassem sem o item básico de higiene”, conta Débora.
Agora, com mais essa denúncia, a funcionária espera que providências sejam tomadas.
A coragem de Débora foi elogiada pelos vereadores presentes. Maurício Gouvea questionou a responsabilidade da prefeitura e da secretaria de Educação em relação à terceirizada contratada para a limpeza das escolas.
A vereadora Taise Braz (PT) destacou a necessidade de dar suporte aos colaboradores e fiscalizar os serviços públicos. O vereador Gleison Begalli (PDT) considerou inadmissível tolerar situações de racismo.
O presidente da Câmara Municipal de Catanduva, Marquinhos Ferreira (PT) criticou a prefeitura, a secretaria de educação e a empresa contratada, apontando irregularidades e má gestão.
Débora espera que sua denúncia traga mudanças significativas e que os direitos dos funcionários sejam respeitados. Ela ressalta a importância de não se calar diante das injustiças e de lutar pelos direitos de todos. “A responsabilização da empresa e das autoridades competentes é essencial para garantir um ambiente de trabalho digno e uma educação de qualidade para as crianças de Catanduva”, conclui Débora.
Em breve, trarei mais informações sobre o desfecho dessa intrigante denúncia.
Um grande abraço e até a próxima atualização, onde traremos mais detalhes e análises sobre o cenário político de Catanduva e microrregião. Conto com a sua companhia nessa emocionante jornada política!