O lugar certo na hora certa
Por que a UBS é a porta de entrada da saúde e o Pronto-Socorro, o último recurso — e como usar cada um pode salvar vidas e recursos públicos
Por Ailton Silva Jornalista 13/08/2025 - 18h22min - 1 min de leitura
Na jornada pela saúde pública, o caminho nem sempre é claro para quem precisa de atendimento. Entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e o Pronto-Socorro, há mais do que uma simples escolha: há um equilíbrio delicado entre prevenção, cuidado cotidiano e emergência.
A UBS, para quem sabe olhar além das paredes simples e salas modestas, é o coração pulsante da saúde no bairro. Ali, equipes dedicadas se empenham em cuidar das crianças, dos idosos, das gestantes, dos portadores de doenças crônicas. É na UBS que a prevenção acontece, silenciosa e contínua, construindo um escudo contra males maiores.
“Quando a população usa a UBS, o município não apenas melhora seus indicadores — como a taxa de vacinação e o acompanhamento de gestantes e pacientes crônicos —, mas fortalece a própria base do sistema de saúde”, explica o enfermeiro Wellington Oliveira, que conhece bem as engrenagens desse mecanismo.
Por outro lado, o Pronto-Socorro é o último “bastião”, destinado às urgências e emergências. É o lugar para a falta de ar que aperta o peito, o acidente grave, a hemorragia inesperada. Usá-lo para o que não é emergencial não é apenas desperdício de recurso: é um risco para quem realmente precisa.
Em Ariranha, a gestão do prefeito Dedê Trovó (PL), com o apoio da diretora municipal de Saúde, Maria Beatriz Julião Lopreto, tem buscado um diálogo constante com profissionais para ajustar o serviço, equilibrar as demandas e garantir atendimento com qualidade e respeito.
“Planejamento estratégico, educação e fiscalização são fundamentais para que a população compreenda a importância da prevenção e do uso correto da rede de saúde”, diz Wellington. A ideia é simples, mas poderosa: cuidar da saúde é um ato coletivo, que começa na escolha do lugar certo para buscar ajuda.
Assim, para sintomas leves — febre baixa, tosse, renovação de receitas — a UBS é o ponto de partida e de cuidado contínuo. Já para os episódios que não podem esperar, o Pronto-Socorro permanece como o recurso vital.
Conhecer essa diferença, respeitar esse equilíbrio, é mais do que seguir uma recomendação médica: é um gesto de cidadania que salva vidas e fortalece o sistema público, beneficiando toda a população.
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