Ariranha inicia projeto `Desenvolver´ para acolhimento de alunos `atípicos´

Jornal De Domingo - Por: Ailton Silva - Chefe-Redação 07/10/2023 - 14h39min - 5 min de leitura
Crianças com desenvolvimento atípico (como se denomina, modernamente, o autismo, no meio escolar), matriculadas na Rede Municipal de Educação ariranhense, passam a ter, por meio do projeto “Desenvolver”, da Administração Municipal de Ariranha, o chamado acompanhamento de análise do comportamento aplicada – cuidado conhecido pela sigla ABA.
O “Desenvolver” visa, essencialmente, reforçar o sistema local de inclusão escolar. Os atendimentos iniciais do projeto aconteceram na manhã da terça-feira, 3 de outubro, e consistiu nos questionários com os pais – proporcionados pela equipe que cuidará do assunto nas escolas.
Implantado nas dependências da Escola Benta Teixeira de Carvalho Pereira, o programa “Desenvolver” observará e trabalhará, inicialmente, o comportamento “atípico” de 17 crianças. A iniciativa de intervenção da autoridade pública de Saúde é da vereadora e Supervisora de Saúde, Sandra Shirlene Tozzo Barboza.
A Psicóloga Mariana Gisse Pinto, da empresa Mundo Aba Clínica Interdisciplinar, de Catanduva – contratada pela Prefeitura ariranhense – manterá três de suas terapeutas no atendimento às crianças. As profissionais atuarão sob a supervisão de Mariana Gisse.
Feliz pelo início dos trabalhos, Sandra conta que a parceria, em Ariranha, entre as diretorias de Educação e Saúde, resultará no atendimento adequado dos menores, garantindo que eles possam ter sucesso no ambiente escolar e se desenvolver plenamente. “Isso inclui entender as necessidades acadêmicas, sociais, emocionais, sensoriais e físicas dos alunos”, conclui a Supervisora de Saúde.
A Diretora de Educação, Silvana Regina Carnelossi, afirma: a participação dos pais dos alunos considerados “atípicos” é fundamental.
“Trabalhar em conjunto com os pais ou cuidadores do aluno `atípico´ ajuda a entender melhor suas necessidades e habilidades”, observa Silvana, “e também a desenvolver planos educacionais, individualizados, que permitam não só a adaptação em sala de aula, também a promoção da inclusão durante as atividades em grupo”, conta.
ABA
ABA, abreviação de Applied Behavior Analysis – o que em português chamamos de Análise do Comportamento Aplicada –, é a ciência que estuda o comportamento, especialmente os socialmente relevantes, e também é a ciência com maior evidência científica para intervenção junto a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A psicóloga Mariana explica: “dentro da ABA, visamos modificar comportamentos inadequados ou desenvolver novos comportamentos/habilidades que se encontram em déficit. Para isso, buscamos reduzir contingências aversivas e estruturamos o PEI (Plano de Ensino Individualizado) com conteúdo fragmentados em pequenas unidades, aumentando, de forma gradual, o nível de dificuldade do conteúdo a ser aprendido”, finaliza a especialista.
“Embora essas crianças enfrentem desafios únicos”, diz Sandra, a escola pode contar com o total apoio da Prefeitura, na pessoa do Prefeito Joamir Barboza e da Câmara de Vereadores para ajudá-las a superar essas dificuldades”, afirma a Supervisora de Saúde.
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